Fundos Imobiliários e a Crise do Sars-Cov-2

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Edson Milo
Edson Milo

Com o início da aplicação das vacinas, a pandemia que despontou em razão do novo coronavírus pode estar chegando ao fim. Entretanto, devido a questões técnicas da produção dos imunizantes, a vacinação da população deve demorar mais um pouco, entretanto, a semi abertura das lojas, comércios, shoppings e outros já permite um certo alívio.

O ano passado foi marcado por quedas expressivas da Bolsa de Valores, logo era de se esperar que ocorreria o mesmo com os fundos imobiliários, como de fato ocorreu. Com lockdowns sendo decretados em níveis municipal e estadual, o preço dos aluguéis despencou e vários fundos chegaram a perder mais de 30% de seu faturamento, segundo o índice IFIX(Indicador de desempenho médio das cotações dos fundos imobiliários negociados nos mercados de bolsa e de balcão da B3). Os dois principais problemas enfrentados pelos fundos foram o fechamento de estabelecimentos comerciais e a inadimplência dos aluguéis. Com o passar do tempo, vários governos regionais resolveram mudar a estratégia de combate ao vírus, ou as empresas simplesmente sucumbiriam à pressão. Entretanto, o que de fato ocorreu foi uma meia abertura, “(...) o último suspiro antes do mergulho”, Gandalf, possibilitando que algumas atividades retomassem parcialmente, e o auxílio emergencial concedido pelo governo federal reduziu o desastre.

Tanto os fundos imobiliários abertos quantos fechados conseguiram tomar fôlego e aos poucos estão se recuperando. O que se espera agora, é que com o crescente gasto por parte dos governos com o intuito de manter a economia, e de fato alguns Bancos Centrais pelo mundo estão se esforçando com incentivos monetários de forma jamais vista. Uma das áreas escolhidas pelos governos devido a sua grande utilização de mão de obra é a infraestrutura, o que na opinião de especialistas favorece os fundos imobiliários tanto direta quanto indiretamente, ou seja, mais imóveis serão construídos aumentando o leque de disponibilidade de ativos e concomitantemente a renda da população poderá se manter pelo menos ao nível pré-pandêmico, diminuindo as insolvências. Vale também ressaltar, que devido a taxa de juros baixa, cada vez mais os investidores buscarão seus ganhos no mercado de renda variável, e sendo os fundos imobiliários, uma forma mais simples e menos arriscada, é possível que a demanda por estes irá aumentar.